Saturday, May 05, 2007

Pronunciamento

Amados irmãos

O assunto é corriqueiro, mesmo porque lemos nos jornais, ouvimos pelas rádios e tvs diariamente, ou através de pessoas, dos amigos...Enfim, ouvimos de vários setores da sociedade que a corrupção, o despotismo e os interesses pessoais adotados pelos políticos, são praticas comuns e normais exercitadas pelos poderes constituídos, mas que deveriam servir de coluna sustentável da Republica. Mesmo assim, independente das denúncias que a imprensa faz, do anseio que a sociedade tem para pôr fim a tais práticas anômalas, a poeira não baixou e o odor fétido continua sem que nenhuma autoridade quer do executivo ou de outros poderes, faça qualquer coisa que seja capaz de impedir a ramificação e reprimir definitivamente este asco que enoja o povo brasileiro e fere sua dignidade. Por mais que a imprensa denuncie os crimes praticados pelas autoridades constituídas dos poderes executivo, legislativo e judiciário, mais a voracidade de fazê-lo se espalha e se multiplica transformando-se num crime vulgar, peça fundamental e essencial ao currículo de crápulas rapineiros do erário publico, às vezes com aval de Ministros de Tribunais que, através de acórdãos esdrúxulos e sentenças negociáveis incentivam à prática da ilegalidade, a exemplo da lista dos políticos investigados e ocupantes de cargos públicos que tinham processos em andamento por desvio de valores éticos ou morais com a sociedade brasileira.

O crime se prolifera pelo continente atingindo regiões distantes e alcançando órgãos até então isentos como o poder eclesiástico, imune de qualquer manifestação pagã, tido como o fiel defensor da ética, da moral e dos bons costumes.

Não saberei dizer para onde caminha a sociedade brasileira, para onde iremos sem a moral e a ética que nos conduz. Somos navegantes sem rumo seguindo os desígnios que outros nos impõem. Não temos o caminho certo que poderá nos dar a sustentação de seguir a verdade, porque não temos a capacidade de lutar pelos nossos direitos, enquanto ficamos aqui ouvindo nhem-nhem-nhem e as coisas acontecendo lá fora, sem que tenhamos capacidade de nos defender. ...Imagine defender os outros! Nem pensar!... Que sociedade é esta? Miremo-nos nos exemplos de Tiradentes. Caxias, Ozório, Bonifácio, Hermes da Fonseca, Patrocínio e tantos outros próceres da Republica que nos deram suas vidas para que pudessem-nos tornar independentes e não submissos. O que fazemos hoje? Ajoelhamo-nos perante os políticos que nos dão a mão. Basta que nos chame pelo nome e já nos subordinamos a ele. O poder da maçonaria meus irmão, é maior do que imaginamos. Ser Maçom não é como se pertencesse a uma sociedade qualquer, sem desmerecê-las, porquanto, julgo melhores preparadas para exercer o papel de defensor dos necessitados do que a Maçonaria, que no meu entender nada faz, nem pelos próprios irmãos, nem pelos que dela necessitam. O que se nota hoje em dia, e me faz crer verdadeiro, é que a maçonaria tornou-se uma sociedade heráldica, outorgando honrarias e títulos a quem melhor lhe interessar. Não é esse o caminho que vislumbro para a entidade que me acolheu trinta anos atrás, quando procurava ser um diferenciado na sociedade. Desconhecemos as nossas força, nada saberemos do nosso potencial se não nos unirmos e lutarmos pelos nossos direitos. Nada nos impede, desde que tenhamos coragem e vontade para prosseguir o nosso intento. Não sejamos omissos, não nos acomodemos a esperar as coisas acontecerem. Vamos dar o exemplo e mostrar a todos que somos capazes de mudar uma cadeira de lugar, desde que ela esteja em desarmonia com as demais, mesmo que seja o nosso irmão que necessite mudar.

Lutemos pela Família e pela Pátria, libertando-as dos grilhões dos corruptos depravados que insistem acorrentá-las e subjugá-las. .

Aos nossos irmãos ancestrais que nos deram o sangue de suas vidas, pedimos o perdão pelas nossas omissões de agora.

J.Miranda Filho

M. ’.I. ’. ABRIL 2004.

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